O ex-produtor da Capcom Keiji Inafune parece saber exatamente qual foi o problema de alguns títulos particularmente cinzentos da companhia; coisas como Dark Void, desenvolvido pela Airtight Games, e Bionic Commando, da extinta Grin — lançados, respectivamente, em 2009 e início de 2010. Em suma? Publicação japonesa e desenvolvimento ocidental nem sempre funcionam tão bem.
Para Inafune, esse tipo de união tende a criar uma brecha no processo de desenvolvimento, conforme ambos os lados da criação passam a culpar-se mutuamente mesmo pelos menores deslizes. “É muito, muito simples: a publicadora é japonesa, e a desenvolvedora estrangeira. Mesmo dentro do Japão, quando trabalham em duas companhias, eles vivem culpando uns aos outros por quaisquer deslizes”, afirmou Inafune em entrevista ao site Joystiq. “Basicamente, foi isso o que ocorreu com aqueles dois jogos.”
Nesse momento, o designer lembra de Dead Rising, franquia de sucesso incontestável, tanto comercialmente quanto do pontos de vista crítico. “Quando eu estava fazendo Dead Rising, eu disse à minha equipe: ‘jamais culpem os outros caras’. Façam o seu melhor, e mantenham-se fazendo o seu trabalho’.” Entretanto, Inafune diz que, após abandonar a Capcom no ano passado, ouviu que “tudo está voltando a ser como antes — estão se culpando mutuamente”.
Keiji Inafune mantém atualmente dois estúdios de desenvolvimento, ambos dedicados majoritariamente ao desenvolvimento de títulos para celulares.
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