Gangstar Rio: City of Saints é o quinto jogo da série Gangstar e, de fato, seria natural esperar que a Gameloft tivesse aprendido algumas lições com os títulos anteriores. Ainda assim, qualquer avaliação do “GTA brasileiro” para iOS deveria considerar dois pontos de vista quase diametralmente opostos.
Basicamente, quem resolver procurar aqui um jogo sério, capaz de se garantir em meio à profusão de títulos de peso da sétima geração de consoles, provavelmente acabará torcendo um pouco o nariz. Isso porque nada aqui realmente vai além do que a Rockstar já fez por você — provavelmente com muito mais qualidade.
Há aqui uma cidade aberta para a exploração, um espertinho tentando sobreviver no submundo do crime, carros para roubar, armas para comprar. Basicamente, o mesmo palco aberto para o caos em potencial de GTA, cujo maior acréscimo parece ser um mapa baseado na cidade do Rio de Janeiro.
Mas também é possível assumir uma postura mais descontraída diante de City of Saints. Quer dizer, que tal encarar a coisa toda como um grande pastiche, uma cópia/homenagem de um dos maiores ícones da jogatina moderna, levando ainda um tempero tipicamente brasileiro na bagagem. Mas cabe ainda averiguar alguns detalhes.
Escape do Rio de Janeiro... Se puder
Em Gangstar Rio: City of Saints você será colocado sobre os pés de Saint, um membro notável da gangue Assassinos que pretende, de alguma forma, abandonar o “lado obscuro da força” para assumir uma vida mais, digamos, normal — família, filhos e sem tiros zumbindo pela orelha em cada nova missão.
Embora represente uma espécie de antítese do herói clássico de GTA — cuja principal empreitada não é abandonar, mas sim escalar os degraus do crime organizado —, a história de Saint será contada de forma bastante semelhante.
Em outras palavras, enquanto tenta comprar sua passagem para fora do caos do crime organizado, você precisará atuar como matador de aluguel, e também precisará assustar políticos corruptos, escoltar pessoas... Enfim, tal e qual foi feito em cada título de GTA.
Para auxiliar durante o processo, entra em cena também um arsenal bastante semelhante ao da série da Rockstar... Embora com algumas diferenças dignas de nota. Quer dizer, além de pistola, bazuca e derivados, há também aqui o “Taco de Carnificina” e a “Faca de Caça”. Isso para não falar nos estilos disponíveis na loja de roupas mais próxima — que tal comprar o visual “charmoso” enquanto ostenta belos fachos de dread na cabeça? Enfim.
Parte dos desafios são os controles
O problema é que nem tudo aqui exatamente funciona como deveria. Além de uma física falha para os movimentos do carro, combates corpo a corpo são um verdadeiro desafio — é bastante fácil acabar socando o ar em alguns momentos — e nadar acaba representando um desafio maior ainda.
Canastrão, mas em português
Há uma vantagem inegável em City of Saints: todas as informações são mostrada em português, o que certamente facilita o entendimento da trama — que, de fato, não é lá muito complexa. O problema é que há aqui uma boa dose de humor involuntário, com diálogos pouco naturais, argumentos com pontas soltas, e por aí vai.
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