quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Serrilhados e baixa resolução em uma corrida muito divertida


Need for Speed é uma franquia sem traços extremamente definidos, que já teve diversas facetas. Após passar um tempo no mundo dos veículos tunados e das corridas ilegais, além de tentar a sorte como simulador de automobilismo, a Electronic Arts tenta mais uma vez mudar as coisas com The Run, que pretende adicionar uma trama à velocidade, algo inédito não apenas para a marca, mas também no gênero no qual ela se encaixa.
Esse aspecto, porém, não está presente na primeira versão demo do título, que foi disponibilizada hoje na PlayStation Network e Xbox LIVE. A edição para testes vem para mostrar alicerce da nova proposta: os cenários destrutíveis em tempo real e a física mais apurada, cortesia da engine Frostbite 2, da DICE.
Decepção visual
Se você está boquiaberto com o que o motor gráfico já se mostrou capaz de fazer em jogos como Battlefield 3 ou o próprio Need for Speed The Run, prepare-se para bater com a cara na parede. O desempenho gráfico da versão de demonstração deixa muito a desejar, e ela apresenta serrilhados por todos os lados, elementos bidimensionais e texturas em baixa resolução.
Tais problemas podem ser percebidos, principalmente, na segunda prova da demo. Independence Pass é uma montanha em demolição, com avalanches causadas por explosões controladas. Isso significa que o jogador deverá ficar atento não apenas à corrida mas também às pedras e gelo que caem por todo o caminho.
Img_normalOs rochedos são pouco detalhados e, à distância, apresentam graves problemas de pop-in. De perto, os serrilhados são claramente perceptíveis em contraste com o ambiente branco. Nuvens de fumaça e neve surgem em duas dimensões e o carro os atravessa como se fossem nada.
A performance gráfica de Need for Speed The Run chega a levantar questões sobre o desempenho geral da Forstbite 2. Fica a dúvida: será que esse é o máximo que a engine consegue extrair nos consoles ou a desenvolvedora Blackbox não soube usar a ferramenta?
Corra por sua vida
Apesar de não conter nenhuma cena de corte ou trecho de história, Need for Speed The Run mostra a que veio por meio de corridas frenéticas. Durante a passagem pela já citada Independence Pass, é preciso desviar de grandes rochas que bloqueiam a pista e evitar encostar nos guard-rails, que não são capazes de suportar o peso de um carro.
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Já na primeira prova, Desert Hills, o objetivo é ultrapassar dez oponentes em uma pista que corta um deserto e conta também com motoristas cumpridores da lei e ignorantes ao racha que está acontecendo ao redor deles. O resultado é óbvio: muitas batidas e pedaços de carros sendo deixados pelo asfalto.
Mesmo em corridas que não contam com muitos elementos do cenário interagindo com os competidores, Need for Speed The Run apresenta desafios que vão além da simples necessidade de ganhar a corrida. Isso se traduz em colisões programadas para bloquear a pista ou oponentes que tentam ao máximo empurrar o jogador para fora da pista.
O resultado é um título extremamente divertido que, por mais que não apresente um desempenho visual impressionante, cumpre a proposta de deixar os jogadores empolgados. Need for Speed The Run chega às lojas em 15 de novembro.

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