quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Divertido, mas pouco original, Binary Domain é tiro do começo ao fim

Na última terça-feira (14), foi liberada a versão demonstrativa de Binary Domain, o aguardado novo game do criador de Yakuza. Ambientado no Japão do futuro, mais precisamente na cidade de Tóquio e no ano de 2080, o jogo traz à tona um tema já bastante utilizado na ficção científica, na literatura, no cinema ou nos jogos, que é a guerra entre humanos e robôs. O GV pôs as mãos na demo e você vê agora nossas primeiras impressões.
Dificuldade à escolha do freguês
A demo disponibiliza duas fases do jogo e ambas podem ser jogadas em quatro níveis de dificuldade diferentes. Nesta versão, apenas as três primeiras (uma fácil, uma intermediária e uma difícil) estão disponíveis; a quarta e mais complicada de todas, somente na versão completa do game que chega às lojas ainda neste mês.
Essa variedade é interessante, pois abre espaço tanto para jogadores que não estão habituados a jogos de tiro em terceira pessoa quanto para aqueles que são veteranos no gênero. Iniciantes aqui se dão bem, inclusive, com auxílio na mira para aumentar a precisão dos disparos.
Muito tiro, pouca estratégia
A base do Binary Domain é feita de tiros e, basicamente, é só isso que você faz durante toda a demonstração. Você deve pensar: “mas se é um jogo de tiro, qual o problema?” A resposta é: nenhum problema se você não quer nada além disso. Entretanto, quem curte jogos que exigem mais raciocínio e estratégia do jogador vai se decepcionar.
No jogo, você está sempre em grupo e são sempre seus companheiros que indicam o que deve ser feito. Os cenários da demo são óbvios, sempre com apenas um caminho a ser seguido. Isso poderia ser diferente caso houvesse um radar pelo qual você pudesse se guiar enquanto cumpria suas missões, o que permitiria locais mais amplos e abertos para exploração.
A parte das missões, aliás, é outra que diminui um pouco a avaliação do Binary Domain. Elas apresentam objetivos pouco claros, sem ambientá-los de forma mais completa no jogo. É claro que essa característica muitas vezes é dispensável em uma versão demo, que tem como principal objetivo dar um panorama geral de enredo, jogabilidade e gráficos de um game, mas mesmo assim, isso ainda decepciona.
Movimentos livres, mas cuidadosos
Durante a guerra contra os robôs, você pode pegar novas armas, encontrar munição e também granadas espalhadas pelo cenário. A jogabilidade é bem interessante, utilizando comandos clássicos do gênero e distribuindo as funções de forma inteligente pelos botões do controle. Isso tudo facilita o aprendizado de iniciantes e não prejudica gamers mais experientes.
Nesse sentindo, partindo um pouco para a questão de sistema de jogo, o Binary Domain guarda a interessante característica do “fogo amigo”. Isso significa que, aqui, é possível disparar contra seu companheiro de equipe, o que pode trazer sérios problemas para você, pois acertar um aliado diminui a confiança dele em você.
Como Binary Domain é um jogo baseado em grupos, ou seja, você sempre está acompanhado de aliados de várias nacionalidades diferentes, para aumentar sua influência sobre eles será preciso se manter confiável. Dessa forma, os comandos de voz que você dá a eles podem encontrar mais ou menos receptividade, pois isso varia de acordo com a sua relação com cada aliado individualmente.
Gráficos bons, mas não excepcionais
A parte gráfica não poderia ter ficado de lado da prévia. Mesmo em versão demo, Binary Domain apresentou gráficos respeitáveis, com poucas falhas visuais e um cenário normalmente bem constituído, o que resulta em uma visão bastante agradável. Entretanto, o visual do game não é nada absurdamente excepcional.
Enredo batido
Futuro, inteligência artificial, revolta das máquinas e guerra de humanos contra robôs. Essa fórmula já é bastante conhecida no mundo da ficção científica, seja em filmes como “Matrix” e “O Exterminador do Futuro” ou em livros como “Eu, Robô”, de Isaac Asimov.
No mundo dos games, a lista pode não ser tão vasta, mas títulos como Metal Gear Solid,Starcraft e Terminator Salvation, entre outros, já retrataram o tema “guerra entre humanos e robôs”. Isso pode ser negativo para quem procura alguma história realmente inovadora para gastar horas jogando.
Pelo menos é divertido
O balanço geral da demo de Binary Domain é que o jogo, apesar do enredo pouco original e das “falhas” no sistema de missões, consegue ser bastante divertido. Se falta inovação, não falta ação, pois as batalhas são sempre bem corridas e você precisa ficar atento a todo o seu redor para não ser surpreendido.
Binary Domain terá versões para Xbox 360 e para PlayStation 3. Seu lançamento está marcado para o final do mês, dia 28 de fevereiro.

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