quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Suporte para o Kinect pode ser prático e divertido... Mas também um pouco insano

A intenção da Microsoft com o seu periférico sensível a movimentos ficou clara no momento do anúncio: o Kinect deveria representar mais do que apenas uma rendição ao mercado de jogos casuais. O aparelho deveria também acrescenta algo à experiência dos jogadores mais voltados ao núcleo hardocore da indústria. É claro que, de início, isso tudo não passou de papo abstrato e especulação, mas parece que isso pode mesmo mudar.
Uma prova contundente disso poderia ser Mass Effect 3. Não, a BioWare não pretende que você se chacoalhe em frente à câmera para que o bom e velho Shepard execute alienígenas. De fato, a utilização do aparato se resume aqui à capacidade de reconhecer comandos de voz — algo mais interessante e extenso do que pode parecer a princípio, conforme deixou clara a demonstração levada à recente edição da feira CES.
Img_normal
Há várias formas de interagir com ME 3 utilizando o Kinect. Em um primeiro momento, você distribuirá diretivas aos seus subordinados, estabelecendo uma comunicação bastante natural e pertinente no campo de batalha. Mas também é possível escolher linhas de diálogo e, por estranho que possa parecer, também selecionar elementos do ser arsenal. Vamos aos detalhes.
Distribuindo comandos ao seu pelotão
Entre as várias interações possíveis mediante comandos de voz, conferir diretivas aos seus companheiros de batalha é certamente a mais natural. Afinal, você é um general de tropas, e é perfeitamente razoável que saia gritando comandos em alto e bom tom — é claro que os vizinhos ainda podem estranhar.
Caso James esteja se movimentando demasiadamente na retranca, por exemplo, basta disparar: “James, attack!” (James, ataque!). Ou, caso um inimigo esteja encurralado, é possível ordenar que Liara, por exemplo, levante-se e ganhe terreno — transformando tudo em uma bola alienígena incandescente.
Um monólogo via Kinect
Se distribuir comandos para a sua equipe parecia perfeitamente razoável, é provável que outra das utilizações possíveis pareça bastante... Artificial, por assim dizer. Basicamente, é possível ignorar o costumeiro menu radial de Mass Effect, já que todas as armas podem ser chamada pelo nome aqui — por exemplo, “shogtun!” colocará imediatamente em punho a escopeta do comandante Shepard.
Img_normalMas não, algo definitivamente não parece de acordo aqui. Afinal, qual é exatamente o sentido de conferir ordens para si mesmo? Quer dizer, se você, como Shepard, pretende trocar a sua arma em punho por qualquer outra, não basta simplesmente fazê-lo? Quem em sã consciência gritaria o nome da própria arma antes de pegá-la? A menos que você seja um Cavaleiro do Zodíaco, isso certamente não deve fazer muito sentido.
É claro, não se pode dizer que não se trata de uma possibilidade diferenciada... Mas mesmo assim soa muito estranho — como alguém com sérios problemas mentais. De qualquer forma, alguns comandos  monológicos podem ser bem prático. “Quick Save!”, por exemplo, salvará o jogo imediatamente, nem a necessidade de entrar em menus. Para as demais opções, talvez o bom e velho botão “A” ainda permaneça como a melhor pedida.
Insanidades a parte, não se pode tirar o mérito da BioWare. Afinal, o pioneirismo de ME 3 é inegável, já que se trata de uma das primeiras propostas que não envolvem pacotes de esporte casuais. E, bem, se você conseguir se acostumar com a ideia do monólogo envolvendo poderes e armas de fogo, tanto melhor. Quanto às possibilidades de interação em diálogos mais complexos, o negócio é esperar por mais detalhes.
Img_normal
Mass Effect 3 tem lançamento previsto para o dia 6 de março. Fique ligado no GV para mais novidades.
 

0 comentários:

Postar um comentário