quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Análise: Infinity Blade 2

Não há dúvidas de que Infinity Blade 1 foi um dos jogos de maior sucesso do iOS, tanto por seus gráficos magníficos quanto por sua jogabilidade inovadora. Mas, com a chegada do segundo game da série, a Chair Entertainment tinha uma tarefa extremamente desafiadora: tornar melhor aquilo que já era quase perfeito.
A história de Infinity Blade 2 segue diretamente do fim de seu antecessor, depois que Siris finalmente adquire a poderosa espada que dá nome ao jogo. Agora, o herói está em busca do criador da arma, chamado Worker of Secrets, para trazer um fim à batalha entre ele e os terríveis Deathless, em uma aventura que responde várias dúvidas que ficaram no ar desde o primeiro game da série.
Aprovado
Infinitamente bonito
Caso, ao ver o primeiro game da série, você tenha pensado que esse era o máximo que o iPad e iPhone alcançariam, prepare-se para dobrar a língua: Infinity Blade II consegue, por mais incrível que pareça, ser mais bonito que seu antecessor.
A diferença é discreta, mas definitivamente pode ser percebida, por exemplo, no número ainda maior de detalhes que as armaduras de Siris e seus oponentes usam. As texturas também estão mais “polidas” que antes, contra a aparência levemente fosca das encontradas em IB1, trazendo um resultado extremamente realista. Até mesmo a iluminação melhorou, dando a real sensação de que o sol está “batendo” nos personagens e cenários.
Algo que também melhorou consideravelmente foi o número de polígonos utilizados em cada objeto, cenário e personagem do game. Se antes só era possível perceber um ou dois serrilhados ocasionais, agora encontrá-los virou um verdadeiro desafio, tamanha a perfeição dos modelos.
Lute no seu estilo
Se Infinity Blade 1 tinha uma fraqueza era na jogabilidade, que limitava o jogador ao uso de somente uma combinação de espada e escudo, fazendo com que as batalhas logo se tornassem repetitivas. Mas com a chegada de seu sucessor, esse problema deixou de existir.
A solução para isso foi a adição de duas novas classes de equipamento: as “Heavy”, armas de grande poder de ataque, mas lentas, e as “Dual”, espadas curtas que dão sequências de ataques rápidos em seu adversário. E não pense que elas apenas afetam o dano de seus golpes. De fato, cada uma delas parece ter uma jogabilidade completamente diferente da outra, resultando em um equilíbrio perfeito quando juntas da original, a “Light”.
Por exemplo, ao utilizar um equipamento “Heavy”, seu personagem perde a capacidade de desviar, mas passa a poder se defender de qualquer ataque apenas com o bloqueio comum. Já com o “Dual” é o inverso: suas espadas são pequenas demais para protegê-lo, mas sua leveza permite que você se esquive com facilidade de qualquer golpe.
E como se não bastasse, a velocidade de movimento difere tanto entre as três classes que você provavelmente se verá obrigado a reaprender a lutar quando trocar de estilo. Assim, sempre que estiver cansado de uma delas, basta escolher outro equipamento e seguir com a sensação de estar experienciando um jogo novinho em folha.
Reprovado
Somente para a telona
Tanta beleza em um game portátil acaba tendo um preço. É necessário um hardware realmente poderoso, algo que você só vai encontrar no iPad 2 ou no iPhone 4S. Se tentar jogar em qualquer outro aparelho, prepare-se para slowdowns a cada dois segundos que estragam o passo do game e arruínam qualquer animação.
Isso não é só irritante, como também afeta consideravelmente a jogabilidade, já que, para se defender dos ataques inimigos é necessário esperar até o último momento para reagir e atrasos na resposta podem ser fatais para o heróis. E ser atingido por um golpe mortal simplesmente porque esse slowdown fez com que você não conseguisse entender o ataque “engasgado” do oponente é algo que acaba com o humor de qualquer um.
“Cadê o som?”
Prepare-se para fazer essa pergunta várias e várias vezes. Embora a música de fundo seja muito bonita e alguns efeitos de golpes apareçam aqui e ali, na maior parte do tempo você não vai ouvir muita coisa. E isso fica tão aparente durante o jogo que é provável que acabe pensando se não é seu aparelho que está com defeito. E infelizmente não, realmente é culpa do som.
Mas a situação fica ainda pior quando Siris derrota um adversário: sempre há uma animação onde ele executa saltos, acrobacias e golpes dos mais variados que mereciam ao menos um “Ugh” ou um grito de guerra de seu personagem. E tudo que você ouve é a música de fundo. Acredite, é extremamente frustrante.
Vale a pena?
Infinity Blade 2 não é um jogo perfeito, mas definitivamente chega muito perto disso, se provando facilmente o melhor game já feito para o iOS. Isso é ainda mais surpreendente em vista do pouco tempo (seis meses) que a Chair teve para desenvolver essa continuação, mas ainda conseguindo trazer tantas melhoras com relação ao original.
Mas aqui vai um conselho: se puder escolher, fique com a versão para iPad 2. Do contrário, é provável que as batalhas deixem de ser divertidas para se tornarem uma simples tortura.

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